Última atualização reportava mais 21 óbitos em 24 horas pelo vírus, o valor mais baixo das últimas duas semanas.
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A Direção-Geral da Saúde (DGS) está a estudar e a avaliar as mortes em casa ou em instituições de doentes com Covid-19, anunciou Graça Freitas, na conferência de imprensa diária sobre a evolução do surto em Portugal. Ainda no dia anterior, a DGS informava que 84% destes óbitos ocorreram no hospital e os restantes 16% no domicílio e em lares residenciais.
O boletim epidemiológico de ontem dava conta de 735 mortes por Covid-19 no país desde o início do epidemia, mais 21 do que um dia antes.
Relativamente às mortes fora dos hospitais, "temos que investigar o que é que derivou da vontade dos próprios [doentes] e o que é que pode ter derivado de outro tipo de fatores", respondeu a diretora-geral da Saúde, questionada sobre o assunto. A vontade que algumas pessoas têm de morrer em casa "não é indiferente".
Graça Freitas garante que "nos sítios, sobretudo nas instituições, onde ocorreram mais casos", as autoridades de saúde "estão a averiguar essa situação", lembrando que muitos destes doentes têm outras patologias além da Covid-19. Os doentes com o coronavírus que estão em tratamento domiciliário em casa ou em instituições "estão a ser acompanhados por médicos e enfermeiros" das suas unidades de saúde, destacou.
a descer
Este domingo, o número de óbitos por Covid-19 voltou a cair. Até à meia-noite, registaram-se 21 mortes em 24 horas, o valor mais baixo das últimas duas semanas. É preciso recuar ao domingo de 5 de abril para encontrar um número mais baixo (16 óbitos). Já no último sábado, a quantidade de mortes num dia (27) tinha saído da trintena, onde permaneceu na última semana.
Gaia em segundo
A taxa de crescimento diária de novos infetados voltou a subir ligeiramente no país, de 2,6% para de 3,3%, isto é, de 521 casos para 657. Vila Nova de Gaia, com 1060 casos confirmados (mais 25), está agora ao nível de Lisboa, na segunda posição dos municípios com mais infetados, e a oito doentes do Porto, que lidera a tabela.
Sobre a articulação entre as administrações regionais de saúde e os municípios para a distribuição de testes de diagnóstico, que muito tem sido criticada pelos autarcas do Norte - a região já tem 12 543 infetados, o que representa 60,1% do total do país -, o secretário de Estado da Saúde, António Sales, admitiu que possa haver "sempre a necessidade de alguns ajustes com as autarquias", até pela dimensão da região, mas que todos os dias esses "processos são afinados".