A Direção-Geral da Saúde não vai revelar os pareceres técnicos sobre a vacinação de crianças dos 5 aos 11 anos. "São documentos internos", frisa Graça Freitas.
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A Direção-Geral da Saúde (DGS) "vai revelar uma nota técnica que resume o parecer da Comissão Técnica de Vacinação para a Covid-19", que ajudou a decidir sobre a recomendação de vacinar as crianças dos 5 aos 11 anos contra a covid-19. Mas não vai revelar os pareceres recebidos, como exigiram PSD e a Iniciativa Liberal.
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"São documentos internos e que ajudam à tomada de decisão", disse Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, em declarações aos jornalistas, esta quinta-feira, numa escola no Montijo.
"Não são [documentos] secretos, são documentos internos, preparatórios do processo de decisão", frisou, acrescentando que "não é habitual serem divulgados".
Graça Freitas sublinhou que a CTVC é que é "um órgão técnico consultivo", "significa uma abertura à sociedade científica para dar o seu contributo" e cujo parecer "não é vinculativo".
Sobre o plano de vacinação das crianças dos 5 aos 11 anos, nomeadamente, sobre a data de arranque da vacinação, a diretora-geral da Saúde remeteu os esclarecimentos para uma conferência de imprensa prevista para sexta-feira com o Ministério da Saúde.
Graça Freitas adiantou que, tal como no caso dos adultos, as crianças que tiveram covid-19 irão receber uma dose de reforço. Para as outras, a vacinação inclui duas doses, cujo intervalo também será anunciado na sexta-feira. Estão elegíveis para vacinação, nesta faixa etária, cerca de 638 mil crianças.
Isolamento em caso suspeito de ómicron é de 14 dias
O período de isolamento para casos de covid-19 suspeitos de contaminação com a variante ómicron foi alargado para 14 dias, por ainda se desconhecer o comportamento da nova variante, disse ainda a diretora-geral da Saúde. São medidas temporárias de precaução até termos mais informação científica que nos explique melhor como é que a variante se comporta, se tem o mesmo período de incubação, se tem o mesmo período de infecciosidade", explicou Graça Freitas.
"Se houver suspeita que um surto, um caso tem alguma ligação com a hipótese da variante nova, a ómicron, então os contactos são isolados de uma forma mais alargada e por um período maior", disse.
*Com Lusa