Assunção Cristas, que vai suceder a Paulo Portas na liderança do CDS-PP, anunciou este sábado à tarde que Diogo Feio, até agora vice-presidente do partido, ficará como responsável do gabinete de estudos. João Almeida será o porta-voz, enquanto Adolfo Mesquita Nunes e Cecília Meireles passam a "vices".
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Na sua primeira intervenção perante o congresso, que decorre até amanhã em Gondomar, altura em que será eleita presidente do CDS, Assunção Cristas defendeu um "gabinete de estudos autónomo" e adiantou ter pedido a Diogo Feio, ex-eurodeputado, que fique com essa responsabilidade.
Diogo Feio será um dos centristas a deixar a vice-presidência, cargo que passará a ser ocupado por menos dirigentes (até agora eram sete). Os nomes são os do eurodeputado Nuno Melo, que continua como "vice", de Adolfo Mesquita Nunes, ex-secretário de Estado do Turismo, e de Cecília Meireles, atualmente vice-presidente do grupo parlamentar. Nuno Magalhães tem lugar por inerência enquanto líder parlamentar.
Lista alternativa ao Conselho Nacional?
Entretanto, fonte da direção confirmou ao JN que João Almeida será o novo porta-voz do partido. Um cargo que o antigo secretário de Estado da Administração Interna já ocupou durante a liderança de Paulo Portas. Neste mandato era desempenhado por Filipe Lobo d' Ávila, que por sua vez estaria a ponderar encabeçar uma lista ao Conselho Nacional, com figuras próximas de Nuno Melo. Por sua vez, Filipe Anacoreta Correia, líder de uma tendência interna no CDS, disse ao JN que não irá apresentar lista.
Para secretário-geral, confirma-se Pedro Morais Soares, conforme o JN já noticiou. Ana Rita Bessa, Teresa Anjinho e João Rebelo devem integrar a Comissão Executiva.
"A minha ambição é ter o Largo do Caldas motivado com ações e trabalho" de gente "de dentro e de fora" que se "aproxima". "Havemos de ter um rodopio de gente a trabalhar e a debater", afirmou ontem Assunção Cristas, após elogiar também a existência de 10 moções globais a congresso.
"É no território do dia a dia que se constrói o partido e as soluções", sublinhou ainda a ex-ministra, garantindo que irá continuar "a fazer essas voltas" que fez na campanha interna e prometendo "trabalho de formiguinha".