O diretor de campanha do PS, Ascenso Simões, demitiu-se de funções. A notícia foi avançada pelo próprio, na sua página de Facebook, pouco depois das 11.30 horas da manhã deste domingo.
Corpo do artigo
É a reação às muitas críticas que, nas últimas semanas, se multiplicaram nas redes sociais e dentro do partido quanto à estratégia de campanha e que subiram de tom com os últimos cartazes que usaram imagens de pessoas em histórias que não lhes diziam respeito.
"Acabei de informar o secretário-geral do Partido Socialista da minha decisão de cessar as funções de diretor de campanha. Quem é responsável por uma máquina deve assumir todas as falhas que ela demonstra, deve tirar ilações de tudo o que, publicamente, se reconhece como erro", lê-se no post publicado na rede social Facebook.
"Tenho um passado que não quero manchar, tenho pelo meu partido de mais de 35 anos um dever de lealdade. E tenho pelo meu país o respeito de sempre ter feito política assumindo todas as responsabilidades de a fazer com elevação e com decência", diz.
"Fico agora mais livre para ser um simples militante que tudo vai fazer para que o PS se consagre como uma verdadeira força de progresso e de modernização da economia portuguesa".
Ascenso Simões, 52 anos, ex-secretário de Estado da Administração Interna no primeiro Governo de José Sócrates, já tinha sido diretor de caravana nas legislativas de 2009 e foi convidado por António Costa para ocupar as funções de diretor de campanha para as legislativas de 4 de outubro. Ascenso é também cabeça de lista do PS por Vila Real e já tinha dito numa entrevista que era a última vez que se candidatava a deputado.
Entretanto, o PS desmarcou o encontro que tinha agendado para amanhã de manhã com a comunicação social para falar sobre a estratégia de campanha. O encontro tinha sido marcado na sexta-feira, ainda antes de rebentar a polémica sobre a utilização abusiva de imagens de pessoas, cujas histórias não coincidem com as dos cartazes, e que foram fotografadas por intermédio da presidente da junta de freguesia de Arroios, Margarida Martins, que ontem responsabilizou a organização da campanha pela polémica.