O dispositivo de Saúde e de Proteção Civil em Fátima, que mobiliza 668 operacionais nesta fase, prestou assistência a 378 pessoas. Dez foram transportadas para hospitais.
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A maioria das situações envolve peregrinos que fazem a caminhada a pé até Fátima e não inspiram cuidados de maior relevo. "As bolhas nos pés por frição são as situações mais frequentes, assim como as descompensações em pessoas que sofrem de doenças crónicas, como diabetes e hipertensão, e os pequenos traumas", explica Raquel Ramos, diretora do departamento de Emergência Médica do INEM, dando conta de que as 10 evacuações de doentes para as unidades hospitalares em alerta (são 10 ao todo) resultam da necessidade de realização de "exames mais específicos" e de períodos de internamento mais longos.
"Nós damos a primeira resposta. Se forem situações que conseguimos resolver em poucas horas, tratamos. Se precisam de exames adicionais, são encaminhadas para o hospital", concretiza. Há dez unidades hospitalares em alerta no plano de contigência para as celebrações do centenário das aparições de Fátima: os hospitais de Leiria, de Santarém, de Caldas da Rainha, de Médio Tejo e os centros hospitalares do Porto, de S. João, Universitário de Coimbra, de Lisboa Norte, de Lisboa Ocidental e de Lisboa Central.
Das 378 pessoas assistidas, 53 foram tratadas por dispositivos pré-hospitalares (4 no dia 10, 26 no dia 11 e 23 no dia 12 até às nove horas da manhã) e 10 foram evacuadas para hospitais. Os dados foram divulgados, esta manhã de sexta-feira, na visita do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e do secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, ao hospital de campanha do INEM, instalado no parque da empresa Vineves, à margem da A1 e a três quilómetros de Fátima. Nesse complexo estão helicópteros de emergência médica e meios da Autoridade Nacional de Proteção Civil.
O ministro da Saúde fez questão de se deslocar a Fátima para "dar uma palavra de incentivo aos profissionais do INEM que estão aqui em grande número, num esforço adicional, porque continuamos a cobrir as necessidades do país". O desejo de Adalberto Campos Fernandes é de que os profissionais de saúde e os meios de socorro tenham menos trabalho possível, sendo sinal de que não há incidentes de maior.
No entanto, caso seja preciso responder a um cenário de múltiplas vítimas, os meios estão preparados e no terreno. "As pessoas podem vir em peregrinação com tranquilidade e com a convicção de que o sistema está capaz de responder", clarifica o governante.
A operação Fátima terminará no próximo domingo, podendo prolongar-se caso seja necessário.
Para além do hospital de campanha, estão operacionais quatro helicópteros do INEM e da Autoridade Nacional de Proteção Civil e um da Força Aérea (de prevenção), dois postos médicos avançados do INEM e da Cruz Vermelha, dois postos de socorros da Cruz Vermelha nas rotundas norte e sul de Fátima, o posto de socorros do Santuário e 20 postos de assistência dos bombeiros. Os 19 parques de estacionamento estão equipados com ambulâncias e viaturas de combate a incêndio. O INEM tem oito enfermeiros em motociclos, que dão resposta imediata em zonas intransitáveis. Em Ourém e em Aljubarrota, foram posicionados grupos de reforço em caso de necessidade.