Dois dos quatro helicópteros de emergência médica contratualizados entre o INEM e a Gulf Med vão finalmente começar a operar 24 horas por dia, a partir da madrugada do próximo domingo. A Gulf Med garante que a operação estará a funcionar em pleno a partir de 1 de novembro. O Tribunal de Contas forçou o INEM a exigir uma indemnização à empresa maltesa pelo atraso na disponibilização da frota, previsto no concurso público.
Corpo do artigo
De acordo com o jornal "Sol", no início da próxima semana, as aeronaves de Évora e Loulé vão passar a voar durante a noite, como prevê o contrato celebrado com a concessionária, no âmbito de um concurso público para assegurar quatro helicópteros de emergência média 24 horas por dia, a partir de 1 de julho. Na região Norte, o serviço noturno continuará a ser assegurado pela Força Aérea Portuguesa, a partir da base em Ovar.
Segundo a mesma publicação, avançada esta sexta-feira, "está previsto que, no prazo de oito dias", a aeronave de Macedo de Cavaleiros, no distrito de Bragança, fique operacional 24 horas por dia. O último helicóptero a funcionar a 100% será o aparelho baseado em Viseu, no dia 1 de novembro.
Na segunda-feira, a RTP noticiou que o Tribunal de Contas está a exigir ao INEM que aplique uma multa à Gulf Med por incumprimento do concurso público, com indemnizações, de acordo com o jornal "Público", que ultrapassam os 190 mil euros por cada dia que os helicópteros não voaram conforme previsto no contrato, que determinava a data de 1 de julho.
O contrato de concessão foi assinado a 19 de maio entre Sérgio Janeiro, presidente do INEM, e Simon Camilleri, acionista e diretor-executivo da empresa maltesa. Envolvido na polémica da contratualização dos meios aéreos, Janeiro deverá ser substituído pelo médico Luís Cabral, que lidera a emergência médica dos Açores.

