O ministro da Educação defende que o ano letivo tem que começar em "pleno funcionamento" e lamenta a greve anunciada pelo S.TO.P convocada já para este mês. João Costa garante, ainda, que há "matérias para negociar, no imediato, com os sindicatos".
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"Lamento que, num ano letivo que vai começar com uma geração de alunos que teve dois anos de pandemia e um ano passado com alguma perturbação, que a primeira iniciativa de um sindicato, que representa professores, seja parar as aulas duas semanas", afirmou, esta sexta-feira, João Costa.
Após o Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (S.TO.P) ter convocado uma greve entre os dias 18 e 22 de setembro, o ministro da Educação sublinhou que o ano letivo tem que "começar com as escolas em pleno funcionamento". "É tempo de nos centrarmos nos alunos e pensarmos se quem defende a escola pública a está a defender penalizando aqueles alunos", atirou João Costa.
Além disso, garante que o "Ministério nunca parou de negociar" com os sindicatos que representam a classe profissional e que nunca recusou qualquer pedido de reunião ou de discussão. Acrescentou, ainda, que o Governo tem "matérias para negociar com os sindicatos no imediato", como a formação inicial dos professores, os requisitos habilitacionais, a formação dos professores que já abandonaram a profissão e querem voltar e a introdução dos estágios remunerados.
Para o ministro da Educação o momento atual é "muito importante" devido à promulgação do decreto-lei de acelaração da carreira dos professores, tendo agora em vista a operacionalização e implementação do mesmo. Durante o dia de hoje, o ministério irá dar resposta às várias questões dos professores e, na próxima semana irá disponibilizar um simulador para que cada professor possa ver "qual é a solução que decorre deste acelarador".
Erradicar precariedade
Além disto, o ministro da Educação garante que este ano vão rever a situação de outros profissionais, como os técnicos especializados. "Queremos regularizar a situação dos técnicos especializados, que têm estado nas escolas com contratos anuais quase eternos, para garantirmos que também erradicamos a precariedade", assume João Costa.