Eleições antecipadas nos Açores: o que causou a queda do governo e quem concorre
Na sequência do chumbo do Orçamento, o presidente da República marcou eleições antecipadas nos Açores para 4 de fevereiro. A um mês do escrutínio, saiba o que está em causa.
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Quem venceu as regionais de 2020?
O PS venceu as eleições em 2020, mas perdeu a maioria absoluta: teve 25 mandatos, o PSD conseguiu 21, o CDS-PP três, o PPM, o BE e o Chega dois cada um, e a IL e o PAN um. À direita, formou-se uma maioria alternativa: PSD, CDS-PP e PPM acabaram por formar Governo, com acordos de incidência parlamentar com Chega e IL.
O que causou a queda do Governo?
Um dos deputados do Chega passou a independente meses depois e, em março de 2023, retirou o apoio ao executivo liderado por José Manuel Bolieiro (PSD), no mesmo dia em que a IL rompeu o acordo. Em novembro, a abstenção do Chega e do PAN e os votos contra de PS, IL e BE levaram ao chumbo do Orçamento dos Açores para 2024. É a primeira vez que um mandato governamental não é cumprido até ao fim nos Açores.
Como são eleitos os deputados?
O Parlamento regional tem 57 assentos. Estão inscritos 229 921 eleitores. São Miguel, a maior ilha do arquipélago, elege 20 deputados, a Terceira dez, o Pico e o Faial quatro, São Jorge, Santa Maria, Graciosa e Flores três, e o Corvo dois. Os restantes cinco são eleitos pelo círculo de compensação.
Quem concorre a estas eleições?
A maioria das forças políticas apresentaram listas aos dez círculos: coligação PSD/CDS/PPM, PS, BE, PAN, Chega, CDU (PCP/PEV), Livre, ADN e coligação Alternativa 21 (MPT/Aliança), mas algumas das listas desta última foram rejeitadas.