Desempregada vive com uma neta com défice cognitivo e sem o apoio dos irmãos não conseguiria sobreviver.
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M., 58 anos, espera todos os meses ansiosamente pelo dia em que vai buscar o cabaz, na expectativa de que traga mais alimentos. Desempregada, vive com uma neta com défice cognitivo e ainda entrega uma pequena parte dos 566 euros que recebe por mês à filha, pois “nunca conseguiu organizar a vida”. Os parcos rendimentos provenientes do rendimento social de inserção, da pensão de invalidez da neta, do abono de família e da pensão de alimentos dos pais da jovem, de quem cuida desde que nasceu, são geridos ao cêntimo. Mesmo assim, sem o apoio dos irmãos, não conseguiria sobreviver.
Beneficiária do Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Vulneráveis (POAPMV) há “10 ou 12 anos”, M. recorda que nessa época os cabazes traziam “muito mais” produtos. “Depois, começaram a diminuir e houve meses em que eram tão poucos que nem para a gasolina dava”, garante. “Agora, começou a melhorar, mas nunca foi como era dantes.” Apesar da falta sistemática de alimentos no cabaz, que devia ter 21 produtos diferentes, reconhece que “dão uma grande ajuda”, sobretudo quando incluem produtos mais caros, como o azeite.