Cascais e Madeira vão abrir praias a 1 de maio. Máscaras só serão obrigatórias nos bares e WC.
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A época balnear arranca a 1 de maio em Cascais e na Madeira, regressando às datas em vigor antes da pandemia, e pode prolongar-se até 15 de outubro. As regras nas praias que estavam em vigor desde 2020 e cujo incumprimento implicava multas no ano passado devem desaparecer.
O distanciamento entre pessoas e grupos no areal, o sistema de semáforos que indicava a ocupação das praias e que até previa multas para quem frequentasse praias já lotadas, bem como o uso de máscaras nos acessos e paredões são todas regras que não devem existir este ano.
Ao que o JN apurou junto de fontes da Autoridade Marítima, será apenas obrigatório o uso de máscara e desinfeção das mãos nas casas de banho e apoios de praia, aplicando-se as regras em vigor pela Direção-Geral de Saúde em todos os espaços públicos. Também os concessionários devem manter os espaços limpos.
Cascais, no continente, e Madeira serão os primeiros a possuir o dispositivo de salvamento a banhistas, com nadadores-salvadores em todas as praias. A Polícia Marítima já realizou as vistorias necessárias em Cascais onde estão garantidos nadadores-salvadores para toda a época balnear. Depois de Cascais e Madeira, segue-se a abertura da época balnear nas praias do Algarve e Costa da Caparica em meados de maio, conforme decidido pelas autarquias.
duas mortes na Páscoa
No Norte, a presença de nadadores-salvadores deve acontecer só em junho. A Autarquia da Póvoa de Varzim já anunciou o dia 10 de junho como início da época balnear e fim a 11 de setembro. O autarca Aires Pereira disse mesmo "que se trata de uma época balnear em que se pretende retomar a normalidade de 2019 pelo que, ao nível da ocupação do areal, já não será necessário implementar as medidas orientadoras divulgadas pela DGS relativas à prática balnear". A Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores (Fepons) avançou ao JN que, desde o início do ano, já morreram 31 pessoas em meio aquático em Portugal, as últimas duas este fim de semana. O número só é inferior às 32 mortes, em igual período, em 2017. Alexandre Tadeia, presidente da Fepons teme pela dificuldade na colocação de nadadores-salvadores nas praias devido à falta da atratividade da profissão e pede a publicação dos incentivos à profissão "que estão na gaveta há vários anos".