O IC2 voltou a ser a via com mais vítimas mortais em 2023. Loulé, Castelo Branco, Porto e Braga lideram concelhos em tragédias. Prevenção Rodoviária alerta para agravamento nas localidades. Houve duas vítimas mortais no mesmo quilómetro do IC2 em Pombal no ano passado.
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O Itinerário Complementar 2 (IC2) foi a estrada com mais acidentes mortais em 2023, segundo os dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) analisados pelo JN. A antiga Estrada Nacional 1 (EN1), que liga o Porto a Lisboa, registou 11 óbitos, os mesmos verificados o ano passado na A1-Auto Estrada do Norte (Lisboa-Porto) e na EN2 (Chaves-Faro). No ranking da sinistralidade surgem a seguir o IC1 (Caminha-Alfubeira), com nove mortos, e a algarvia EN125, com sete. Nos últimos nove anos o IC2 foi a pior estrada em cinco (ver infografia), registando, desde 2015, 120 mortos. Seguem-se a A1 (118), EN 125 e EN2 (81) e IC1 (66).
“São das mais extensas e movimentadas e onde há mais viaturas há mais acidentes”, explica João Dias, professor do Instituto Superior Técnico e especialista em segurança e prevenção rodoviária. “Portugal é o país da Europa onde o carro é mais usado, pelo menos, em quatro dias da semana ao longo do ano”, reforça José Miguel Trigoso, presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP).