Federações alertam para pressão financeira dos deslocados e degradação da saúde mental.
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Degradação da saúde mental, perda de aprendizagens durante a pandemia, aumento do custo de vida e consequente pressão, nomeadamente nos estudantes deslocados. As federações académicas ouvidas pelo JN convergem nas razões do insucesso escolar. Tendo mesmo a Federação Académica do Porto (FAP) proposto ao Ministério da Ciência e Ensino Superior um ano de carência para os estudantes que perdem a bolsa por falta de aproveitamento, desde que concluam o curso nos prazos estabelecidos. Uma forma, entendem, de evitar o abandono. Que anda de braço dado com o insucesso.
Feita no âmbito da consulta pública do projeto de revisão do regulamento de atribuição de bolsas, a proposta da FAP não teve acolhimento. “Mas vamos voltar a insistir nessa medida”, frisa Ana Gabriela Cabilhas, “para dar uma oportunidade a estes estudantes de recuperarem o seu desempenho”. Porque pode vir a “traduzir-se em estudantes que vão abandonar os estudos porque perderam a bolsa”.