Coimbra e Porto defendem revisão da definição do agregado familiar que exclui, por exemplo, quem vive em casa de avós. Governo pediu levantamento do impacto.
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Os estudantes garantem que, com ou sem ministério, não vão desistir de reivindicar ao novo ministro, Fernando Alexandre, que altere o regulamento de bolsas. Os dirigentes da Associação Académica de Coimbra (AAC) e da Federação Académica do Porto (FAP) asseguram ao JN que continuam a receber queixas de bolseiros que perderam o apoio e que têm de devolver o dinheiro recebido, por viverem em casa de avós ou tios. Por isso, assim que a nova equipa ministerial tomar posse vão pedir uma reunião.
“Os casos não estagnaram. Bem pelo contrário, desde que fizemos a denúncia recebemos cada vez mais situações, incluindo dos que têm de devolver o dinheiro já recebido”, garante Renato Daniel. Em janeiro, a AAC revelou que os serviços de Ação Social estavam a suspender bolsas e a pedir o dinheiro pago. A revisão do regulamento, feita em julho, para aumentar o limiar de elegibilidade e os valores, também mudou a definição de agregado familiar. E estudantes que vivem em casa de avós ou que têm irmãos a trabalhar e não saíram de casa dos pais perderam o direito ao apoio.