Ao lado do presidente francês, o primeiro-ministro defendeu, esta sexta-feira, uma Europa mais autónoma e independente dos Estados Unidos, numa altura em que Donald Trump ameaça taxar os produtos europeus. Quanto à Defesa, "é expectável" que Portugal antecipe a meta dos 2% do PIB.
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"Temos, neste momento, um compromisso assumido de atingir os 2% de investimento na área da Defesa, em 2029. Foi um compromisso que assumimos logo no início do nosso mandato, antecipando um ano a meta anteriormente assumida por governos anteriores. E eu já tive a ocasião de transmitir que é muito expectável que nós venhamos a recalendarizar esse objetivo, por força das exigências que a situação geopolítica e os nossos compromissos com os nossos aliados venham a justificar", sublinhou Luís Montenegro, ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, que cumpre esta sexta-feira o segundo dia da visita de Estado a Portugal.
O primeiro-ministro considerou que o investimento na Defesa deve ser encarado como um "objetivo comum" da União Europeia e que, por isso, os Estados-membros devem trabalhar em conjunto para atingir a autonomia e independência nesta área, de modo a que possam tirar proveito económico do investimento. O chefe do Governo deu como exemplo o compromisso que foi assinado, esta sexta-feira, para a compra de artilharia à França, num conjunto de oito acordos firmados entre os dois países.