O ex-adjunto do Ministério das Infraestruturas, Frederico Pinheiro, está a ponderar avançar para tribunal, num processo por difamação, contra António Costa e João Galamba.
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A informação foi revelada pelo próprio, esta sexta-feira, em entrevista à TVI: "Tudo o que tem de ser esclarecido deve ser efetuado junto das instâncias judiciais. Estou a ponderar, obviamente, estou a recolher os elementos".
Frederico Pinheiro adianta que esta é "uma decisão pessoal" que já não está dependente dos factos: "Tanto o primeiro-ministro como o ministro das Infraestruturas difamaram-me publicamente, isso para mim é claro, por isso existe aqui matéria jurídica, se quisermos utilizar esse termo, para avançarmos com uma queixa-crime".
Roubo e agressões
Em causa estão as acusações feitas pelos governantes que imputaram ao ex-adjunto "o roubo do computador" e as "agressões físicas".
Frederico Pinheiro revelou ainda que leu as notas da reunião "secreta" a João Galamba no dia 5 de abril, e não a 24, como refere o ministro, e nega que sejam recorrentes as reuniões preparatórias: "Não me recordo de ter participado em reuniões deste género, com elementos do Grupo Parlamentar".
Sobre as alegadas ameaças que João Galamba diz ter recebido de Frederico Pinheiro durante o telefonema de exoneração, o ex-adjunto referiu que o ministro "não está a dizer a verdade". E atirou: "O que dá trabalho não é reconstruir a verdade, porque isso é simples, o que dá trabalho é construir uma narrativa".
O ex-adjunto revelou que são nove os documentos classificados que estavam no famigerado computador, sendo que "a grande maioria" estão no arquivo do Ministério. Quanto à versão classificada do Plano de Reestruturação da TAP, Frederico Pinheiro confirmou que só estava no seu computador e que nunca o deu a João Galamba: "Nunca me foi pedido".