Cecília tem estado a preparar-se para ir fazer três exames. O de Português é o que mais teme.
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Cecília Isidoro, de 17 anos, vai fazer três exames nacionais. Será estreante nos de Português e de Inglês, mas fará um repetido, o de Matemática Aplicada às Ciências Sociais, porque quer melhorar os 14,5 valores que tirou no ano passado. Só que o de Português, que vai ser o primeiro, hoje, vem consumindo os nervos - e o tempo - à aluna da secundária Dr. João Carlos Celestino Gomes, em Ílhavo. E se não fossem as explicações que tem, desde o 10.º ano, à disciplina, garante que "seria uma desgraça".
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Acabou a disciplina de Português com média de 16 e, agora, trabalha para alcançar a mesma nota no exame. Por isso, além das explicações, que tem uma vez por semana, quis frequentar o apoio para preparação de exame que a escola facultou. "É mais uma ajuda. Começou há dois meses e, na última semana, intensificou-se e houve quase diariamente, uma hora e meia por dia", conta.
Os nervos de Cecília com a prova da língua de Camões explicam-se facilmente. "Nos testes, sabemos que matéria sai. No exame, pode sair tudo o que já demos. E boa sorte com o que calhar", brinca a aluna. E mais: Português é a prova específica exigida "em quase todos os cursos" a que a jovem se quer candidatar, o que pode alterar muito a nota com que vai concorrer à universidade.
Ajuda crucial
Houve dias, na última semana, que foram preenchidos com "apoio na escola, estudo em casa e, depois, explicação". Aliás, Cecília diz que a ajuda externa tem sido crucial. Principalmente, porque os primeiros anos de secundário foram prejudicados pela pandemia. "Houve coisas do 10.º ano que só foram dadas no 11.º. E delas do 11.º que passaram para o 12.º. Agora, acabámos por dar algumas coisas a correr. Mesmo assim, a nossa professora deu-nos aulas extra, para conseguir dar a matéria toda", sublinha.
O trabalho está feito. E ainda que esteja indecisa quanto à carreira universitária que quer seguir, Cecília tem uma certeza: na véspera do exame de Português, não é para pegar nos livros. "A cabeça está mesmo a precisar de acalmar".