Excesso de mortalidade de 144% estimado no domingo por causa do calor
Índice que calcula impacto das temperaturas nos óbitos dispara. Domingo, só o Algarve não vai estar sob aviso laranja. Cinco dias com 264 mortes a mais.
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Em cinco dias, compreendidos no quente período de 26 a 30 de julho, Portugal registou um excesso de 264 óbitos. E o cenário ainda vai piorar. Neste domingo, exceto o Algarve, todo o território continental está sob aviso laranja para o tempo quente. Dia em que o ÍCARO, índice que calcula o risco potencial das temperaturas elevadas do ar na mortalidade, dispara para 1.44. O que significa dizer que, sem medidas de prevenção, estima-se um excesso de óbitos de 144% só naquele dia.
Para se ter uma ideia, desde 2012 este é o segundo valor mais elevado registado no ÍCARO, índice calculado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo (INSA), correspondendo "à razão entre o número de óbitos previsto, tendo em conta as temperaturas observadas e previstas, e o número de óbitos esperado sem o efeito do calor". Toma valores de 0 a 1, sendo que quando igual ou superior a 1 é esperado um efeito significativo sobre a mortalidade se não forem adotadas medidas de prevenção.