Instituto Português do Mar e Atmosfera alerta que novo episódio de calor, até dia 6 de agosto, "deverá ser consideravelmente severo". Noites tropicais a partir de segunda-feira.
Corpo do artigo
À ligeira descida das temperaturas máximas nesta sexta-feira segue-se uma forte subida dos termómetros, com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a colocar todo o território continental, com exceção do Algarve (amarelo) sob aviso laranja para tempo quente (pior, só o vermelho), conforme havia já admitido ao JN, na quinta-feira, a meteorologista Maria João Frada. Em comunicado, aquele organismo alerta para um episódio de tempo quente, previsivelmente até ao dia 6 de agosto, que "deverá ser particularmente severo". Quer "pela sua duração, quer pelos valores das temperaturas máximas, que serão muito elevados".
A partir deste domingo, os termómetros "deverão variar aproximadamente entre 36ºC e 40ºC, com exceção apenas de alguns locais da faixa costeira". Consultando o site do IPMA, as previsões apontam para máximas de 28ºC em Aveiro, o único distrito abaixo dos 30ºC. Em sentido inverso, para Santarém estima-se uma temperatura máxima de 44ºC. No referido comunicado, o IPMA admite "valores entre 41.ºC e 44.ºC no interior do Alentejo, vale do Tejo e na parte mais interior do vale do Douro". A partir de segunda-feira, podemos contar com noites tropicais, com as mínimas a oscilar entre os 20ºC e 25ºC.
De acordo com o IPMA, este fenómeno "está associado à ação conjunta de um anticiclone localizado a nordeste do arquipélago dos Açores (...) e de um vale depressionário que se estende desde o norte de África até à Península Ibérica". Sendo "muito provável que em grande parte" das estações do IPMA, "em particular no interior, se venha efetivamente a registar uma onda de calor". Explique-se que, tecnicamente, para haver uma onda de calor aquelas estações têm que registar, por seis dias consecutivos, uma temperatura máxima superior em 5ºC à média.
Calor que exige cuidados redobrados, numa altura em que Portugal volta a registar excesso de óbitos. Pelo que nunca é demais lembrar e reforçar os conselhos da Direção-Geral da Saúde. Beber água, procurar permanecer em ambientes frescos, evitar a exposição direta ao sol sobretudo entre as 11 e as 17 horas, evitar atividades no exterior e, entre outros, dar especial atenção a grupos mais vulneráveis da população (crianças, idosos, doentes crónicos, grávidas, trabalhadores com atividade no exterior). Se apresentar sinais de alerta como suores intensos, febre, vómitos/náuseas ou pulsação acelerada/fraca deve contactar o SNS24 (808 24 24 24) ou o 112.