O chefe de Estado-Maior da Armada, Henrique Gouveia e Melo, afirmou esta quarta-feira que o último incidente com o navio Mondego, que ficou à deriva a caminho das Ilhas Selvagens, deveu-se a um erro humano e que está a ser investigado.
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No dia 27 de março, o NRP Mondego ficou à deriva a caminho das Ilhas Selvagens e teve abortar a missão. O incidente ocorreu dias depois de 13 militares terem recusado embarcar, alegando a falta de condições do navio e razões de segurança.
"O incidente não teve origens em problemas mecânicos ou problemas na plataforma. Foi um erro humano, que nós estamos a investigar", afirmou Gouveia e Melo, esta quarta-feira, em declarações aos jornalistas na Câmara Municipal do Porto, onde esteve presente para preparar o Dia da Marinha, que, este ano, se realizará no Porto. O chefe de Estado-Maior da Armada teve, a seu lado, o presidente Rui Moreira.
O almirante recusou comentar as declarações proferidas pelos advogados dos 13 militares que se recusaram a cumprir missão, referindo apenas que a Marinha "não mente". Na passada segunda-feira, a Marinha deu conta de que a paragem de "quatro motores diesel" do NRP Mondego resultou de baixos níveis de combustível no tanque de serviço.
"Não vou começar a responder ao que os advogados pretendam que eu faça ou deixe de fazer. Nós fazemos o que temos de fazer, cumprimos com a lei e com os procedimentos legais", disse, quando questionado sobre a possibilidade de tornar os processos disciplinares da Marinha públicos.
Relativamente ao Dia da Marinha, o almirante explicou que a cidade do Porto foi a escolhida para as celebrações, que irão decorrer entre os dias 18 e 21 de maio, por ser "uma grande cidade, que contribui imenso com a sua população para a Marinha" e por ter "grande impacto na nossa história marítima".
Rui Moreira adiantou que o programa das celebrações será anunciado a 10 de maio na Casa do Infante.