A falta de ordenações sacerdotais e a idade avançada de grande parte dos párocos são as principais razões para que cada vez mais diáconos e leigos exerçam funções na Igreja que, durante muitos anos, cabiam apenas aos padres.
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D. Vitorino Soares, bispo auxiliar do Porto, eleito na Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) para a presidência da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios, acredita que a boa aceitação de diáconos casados pode ser o ponto de partida para a discussão sobre o celibato.
Nos últimos oito anos, o número de padres aumentou de 2524 (em 2015) para 2698 (em 2023). Mais 174 sacerdotes que não significam um crescimento das vocações nem o aumento do número das ordenações, mas que são sinónimo da mobilidade dos sacerdotes que, entre outros motivos, terminam os estudos no estrangeiro e regressam a Portugal. A presença de sacerdotes estrangeiros, sobretudo do Brasil e países africanos, também contribui para a aumentar o número de sacerdotes.