Goreti Almeida, de 40 anos, residente em Vilar Formoso, morreu no domingo com covid-19, depois de hora e meia à espera do INEM, acusa a família.
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Já na véspera, Goreti tinha pedido uma ambulância por sentir cansaço extremo e dificuldades respiratórias, mas disseram-lhe para ficar em casa.
"Ela estava tão cansada que já nem tinha força para completar as frases e, mesmo assim disseram-lhe para se hidratar e ter calma", relatou a única filha, de 20 anos, Soraia Almeida.
De acordo com o viúvo, a mulher sempre foi saudável até testar positivo para o coronavírus. Goreti Almeida está entre os 26 óbitos registados desde 26 de janeiro e os quase 300 em toda a região da Guarda desde o início da pandemia.
Numa primeira abordagem pelo JN, a coordenação da Cruz Vermelha garantiu que a ambulância era tripulada por quem estava habilitado para a missão. Ficou de detalhar as condições desta operação de socorro mas não aconteceu. O Instituto Nacional de Emergência Médica também não deu explicações em tempo útil.
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No mesmo período, isto é, de 26 de janeiro até hoje, surgiram mais de 11100 novos casos na região. O hospital rebentou a escala de camas alocadas a doentes covid.
No sábado, dia 30, havia 108 doentes internados em 120 camas disponíveis. No arranque da semana, eram 149 as pessoas internadas. 13 em cuidados intensivos.