Temo-nos focado nas três principais medidas contra este novo coronavírus - distanciamento social, etiqueta respiratória, lavagem de mãos. Insistimos na palavra de ordem "fique em casa!". Para algumas pessoas, isso poderá significar ficar em casa com o inimigo.
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Há maior risco de violência doméstica?
O stress, a diminuição do contacto social, assim como a diminuição do acesso aos serviços podem aumentar o risco de violência no seio da família. Simultaneamente, há uma diminuição do contacto com outros elementos da família e amigos que são fundamentais na deteção, suporte e mesmo proteção contra a violência.
Estar fechado com o inimigo?
Para a maioria das vítimas, ficar em casa pode significar ficar fechada com o agressor. Os agressores tendem a usar o isolamento para afirmar o poder e controlo sobre as suas vítimas.
A que é que cada um de nós deve estar atento?
A rede de vizinhança é de extrema importância. Não ignore se ouvir choro, berros ou sinais de que alguém está a ser magoado. Denuncie. Estar calado é ser cúmplice.
O que fazer se for a vítima?
Nesta altura, é mais difícil a denúncia por parte da vítima - o agressor está ali ao lado, durante todo o dia. Todavia, pode fazê-lo por telefone, por mensagem, email - apagando logo de seguida o registo.
Se tiver Covid-19, vai receber contactos telefónicos da equipa de saúde para saber da sua evolução. Não hesite (se conseguir) em fazer-lhes chegar essa informação. Saiba que por todo o país há equipas de apoio às vítimas de violência doméstica que continuam a trabalhar e que podem ajudar. Obtenha aqui toda a informação.
Existem linhas telefónicas para onde pode ligar: serviço de informação às vítimas de violência doméstica: 800 202 148. Se sentir que a sua vida está em perigo, não hesite e ligue o 112, indicando a morada onde se encontra.
E se não puder fazer um telefonema?
SMS 3060. É um serviço de mensagens curtas destinado a ajudar as vítimas em tempo de isolamento. Funciona durante toda a semana sem custos, não é rastreável e não vai surgir na fatura emitida pela operadora de comunicações.
Contra a Covid-19, mas em segurança. Por si. Por Todos.