A quarentena deu-lhe o empurrão que faltava para fechar a cafetaria "A Mulata" que tinha aberto em 2016 e que tinha sido o primeiro espaço vegetariano a nascer em Aveiro.
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Joana Santos, 33 anos, há muito que pensava largar o negócio que lhe roubava todo o seu tempo e as dificuldades que a pandemia trouxe contribuíram para a decisão. Mas a jovem reinventou-se. Começou a fazer queijos vegan em casa e acabou a criar uma marca para vender online. Chama-se A Queijeira Verde. Abriu as "portas" na Internet a 19 de junho.
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"Já pensava muito em fazer queijos vegan, porque achava que faltava no mercado. E a cafetaria vegetariana ocupava-me muito o meu tempo, exigia demasiado de mim", conta Joana. Na pandemia, teve que fechar a cafetaria e as dificuldades financeiras levaram-na a pôr fim ao negócio. Já vinha fazendo formações de queijos e laticínios vegetais, a ideia há muito que lhe marinava na cabeça. O confinamento veio ajudar. "Fui experimentando fazer os meus próprios queijos em casa, percebi que era simples. E comecei a pensar em vender", relata. Bastou uma bancada e matéria-prima. Foi gerindo bem o tempo - tem uma filha pequena - para fazer experiências. E rapidamente pôs mãos à obra para criar a imagem da marca, porque além da hotelaria, também é formada em artes gráficas.
"Em maio, lancei a página e a 19 de junho o projeto saiu à rua", diz. Tem vendido tão bem que Joana já pensa em estender o negócio a vários espaços pelo país no futuro. Para já, só está disponível online. "Estou muito feliz. Está a correr mesmo bem. As pessoas aderem muito, principalmente aquelas que nem sequer são vegetarianas. Por curiosidade e por ser uma alternativa aos queijos de origem animal", revela. A entrega é feita em casa, o que em tempos de pandemia também faz a diferença. "E é tudo muito personalizado, as pessoas sabem como é feito, não é como ir ao supermercado comprar um queijo".
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