Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, avisa que professores não vão aceitar divisões.
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O ministro da Educação garantiu, em entrevista ao JN/ TSF, que o Governo está a fazer contas para apresentar uma proposta aos sindicatos sobre a recuperação do tempo de serviço. O secretário-geral da Fenprof classifica as declarações de meras "generalidades" e garante que os professores não vão compreender por que razão uns vão ter direito e outros não.
João Costa volta a sublinhar que o congelamento atingiu de forma muito diferente quem estava no início ou já perto do topo da carreira. E a insistir que qualquer medida terá de ser enquadrada com a restante Administração Pública.
Contas certas?
Em reação, Mário Nogueira começa por "estranhar" que o ministro só fale a jornalistas, numa conferência de Imprensa e numa entrevista, mas nada tenha dito na reunião com os sindicatos. Depois, frisa que, na entrevista, João Costa ao referir que as carreiras gerais recuperaram sete anos (correspondente a 70% do escalão) significa que está a assumir que já recuperaram todo o tempo congelado.
Logo, acusa, "é uma falácia" invocarem a comparabilidade com outros setores. As restantes carreiras, garante, recuperaram antes dos professores os dois anos congelados entre 2005 e 2007. Por isso, sete anos corresponde ao total congelado entre 2011 e 2017.
Em 2017, recorda, o custo estimado pelo Governo para a recuperação do tempo era de 600 milhões de euros. Ora, se já foi recuperado quase três anos e se milhares entretanto se aposentaram, "como é que agora o custo é de 1300 milhões?" A Fenprof está disponível para negociar o faseamento da recuperação. Mas nunca aceitará "apagões".