Ministro do Ambiente deseja que ligação entre Porto e Gaia avance rapidamente. Moreira espera que se possa "minimizar efeito visual" com "genialidade" do arquiteto Álvaro Siza.
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"Uma ponte de futuro" foi como o ministro do Ambiente se referiu à nova travessia entre Porto e Gaia porque, além do metro, será pedonal e ciclável. Em jeito de promessa, Duarte Cordeiro diz esperar que a Ferreirinha seja feita rapidamente, enquanto o autarca Rui Moreira tem a "esperança" de que se possa "mitigar o impacto paisagístico".
O nome da nova travessia sobre o Douro - D. Antónia Adelaide Ferreira, Ferreirinha - foi anunciado na conferência de aniversário do JN "135 anos a criar pontes". Vai servir a Linha Rubi do metro.
A escolha do nome resultou de uma votação online dos leitores do "Jornal de Notícias", validada por uma comissão de decisão, numa iniciativa que envolveu o Ministério do Ambiente, o JN e os municípios do Porto e de Vila Nova de Gaia.
"Que consigamos fazer isto rapidamente para que todos possamos aproveitar rapidamente estas infraestruturas", afirmou o ministro do Ambiente e da Ação Climática, na Reitoria da Universidade do Porto.
Falou da "dimensão" da nova ponte, que é "também pedonal e ciclável" e, por isso, "uma ponte de futuro" e sustentável, que "promove vários tipos de mobilidade". E desejou que "seja uma oportunidade para as novas gerações sentirem orgulho no seu território".
Para o presidente da Câmara do Porto, "a nova travessia vai seguramente promover a mobilidade sustentável entre Porto e Gaia". Porém, "a localização não é a que melhor serve os interesses da cidade do Porto, sobretudo pelas implicações no património paisagístico".
"Quero acreditar, no entanto, que a genialidade do arquiteto Álvaro Siza conseguirá minimizar o efeito visual da ponte no cenário único da foz do Douro", referiu Rui Moreira.
Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara de Gaia, centrou-se na cooperação. "É certo que uma democracia forte precisa de uma imprensa forte", mas "são parte do mesmo processo", defendeu.
"Precisamos de mostrar que não somos promíscuos apenas porque temos cooperação", afirmou ainda. Também o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, avisou que sem comunicação social "não há democracia forte".
Marco Galinha, CEO do Global Media Group, falou dos "135 anos de informação plural, rigorosa e isenta, com o contributo de profissionais de excelência". E "estamos já a preparar o futuro", assegurou ainda. Antes, Inês Cardoso, diretora do JN, destacou esta "marca centenária forte" e "sobretudo uma casa feita de pessoas que acreditam no rigor e na força do jornalismo", que "é sempre a criação de pontes entre pessoas e territórios".