Estudantes esperam poder partir para viagens de finalistas já com a terceira dose da vacina.
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Rodrigo Leite e Luísa Silva têm ambos 17 anos e estudam na Secundária de Estarreja. Ele está a terminar Ciências e Tecnologias, ela Ciências Socioeconómicas. Na eleição para a Associação de Estudantes, que ambos disputaram, a organização para a viagem de finalistas na Páscoa de 2022 esteve em cima da mesa.
Os dois defendem ao JN que, apesar dos receios dos pais pela pandemia, o muito tempo passado em confinamento só fez aumentar a vontade de viajar e celebrar. As agências, explicam, contactam as associações logo no arranque do ano letivo. A informação está online e o contacto privilegiado é o email.
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Luísa é "dealer" ou "patrocinadora" - isto é, aceitou o desafio lançado pela agência de recrutar 15 estudantes e, assim, ganhar uma viagem gratuitamente, "incluindo com Pass VIP para as discotecas. Só o consumo é pago à parte", explica. Para já, "as inscrições estão a correr bem". "Está tudo encaminhado" e, por isso, tem esperança de conseguir atingir o objetivo.
"Acho que não vai ser fácil, mas não é impossível. Penso que pode não haver tantos estudantes interessados este ano por causa da pandemia. Podem recear que a subida de casos leve ao cancelamento da viagem e à perda de dinheiro que não se consiga recuperar", assume Rodrigo que, desde o início do ano, reponderou a sua participação na viagem e entretanto já desistiu.
Luísa irá para Marina d'Or, através da Sporjovem. Outros alunos da escola optaram pelo pacote oferecido pela "Yellow Trip" para Islantilla, na Andaluzia.
O custo das viagens inclui os seguros agora exigidos por causa da covid-19, quer para cancelamentos, quer para necessidade de isolamento se surgir algum caso positivo. Os dois aguardam pela decisão da administração da terceira dose da vacina, de preferência antes da viagem e a tempo de embarcarem com o certificado de vacinação devidamente atualizado.
A Direção da escola ou os professores, asseguram, não interferem na organização das viagens. "Os alunos não se inscrevem pelas escolas. São decisões pessoais", insistem. Os dois estiveram envolvidos em atividades de angariação de fundos planeadas, mas não para a viagem, sublinham em uníssono. "São verbas para cumprirmos os projetos que temos para a escola".