As Forças Armadas têm disponíveis 12 drones para fazer vigilância em caso de incêndios florestais, estando estes equipados para fazer vigilância noturna, uma inovação em relação a outros equipamentos.
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"A vigilância noturna tem grandes vantagens. Durante o dia é muito mais fácil detetar incêndios, de noite os sensores térmicos e de calor conseguem detetar a cinco ou seis quilómetros de distância. As deteções são feitas e são informadas as entidades competentes. Temos grandes expectativas que será uma mais valia", considera o chefe de Estado Maior do Comando Conjunto de Operações Militares, Paulinho Serronha.
Estes drones foram adquiridos em 2020, havendo já 50 elementos formados para os operar e mais 20 estão em formação. Vão estar nas bases da Lousã, de Mirandela e de Beja. Esta quinta-feira o sistema foi testado, num exercício que decorreu no Aeródromo da Lousã, no distrito de Coimbra.
Paulino Serronha descreve que cada equipa tem cinco elementos por drone. "Todos têm a formação de base de piloto remoto interno, depois há o piloto remoto externo e o técnico de manutenção. Para ter o mínimo para operar nas três bases devemos ter três equipas por cada base, ou seja, nove equipas", revela, completando que esta organização permite que os equipamentos estejam 24 horas no ar, aterrando para receber combustível.
Preparados para o Verão
Depois de um ano muito seco, e com previsões de perto de 40 graus para o fim de semana, Paulino Serronha assegura que, da parte das Forças Armadas (que prestam auxílio à GNR e à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil nos incêndios florestais) os meios estão preparados.
"Estamos preparados sobre todas as perspetivas de gestão integrada, seja no apoio à vigilância ou do combate. De acordo com os graus de alerta, os meios serão mobilizados. Estamos preparados e não será pior que 2017. Se a época for mais exigente, serão mais meios mobilizados", assegura o chefe de Estado Maior, lembrando que, em alturas mais intensas, chegaram a estar mais de mil elementos mobilizados.