A questão não é nova no seio da Igreja, mas nunca, antes dele, um Papa tinha conferido semelhante élan ao “cuidado da casa comum”. E assim o ambiente é tema crucial na Jornada Mundial da Juventude que está prestes a acontecer.
Corpo do artigo
Começa nas discussões, acaba nas medidas adotadas por uma organização que aspira à “Jornada mais sustentável de sempre”. Ou ao contrário. A ideia, na verdade, é que não acabe aqui. Longe disso.
Milhares de novas árvores plantadas, voluntários massivamente instruídos para poupar água e energia - para separar corretamente o lixo também -, variadas campanhas de sensibilização, uma calculadora que mede a pegada carbónica (e um manual de dicas para a minorar), um kit do peregrino minimalista onde cabe uma garrafa de água reutilizável, o merchandising de sempre, mas sem invólucros nem plásticos. Eis alguns dos pergaminhos que prometem fazer desta Jornada Mundial da Juventude (JMJ, que decorre de terça a domingo, em Lisboa) a mais sustentável de sempre. O objetivo foi anunciado ao Mundo já lá vai mais de um ano, a 22 de abril de 2022, Dia da Terra. Chegou sob a forma de uma carta-compromisso assinada entre o Comité Organizador Local (COL) e 16 outras entidades, câmaras de Lisboa e de Loures incluídas. Lá se reiteravam as preocupações ambientais, lá se vincava o desígnio de “fazer da sustentabilidade um objetivo central”, lá se assumia a intenção de transformar a JMJ Lisboa 2023 numa “referência no compromisso” com a causa, lá se lançava um apelo direto e veemente a cada um dos participantes: “O ponto de partida para este compromisso é a sobriedade de cada um de nós em relação à utilização de bens”.