Os trabalhadores dos registos manifestam-se, esta segunda-feira, à porta das instalações do Instituto dos Registos e do Notariado (IRN), em Lisboa, e cumprem o primeiro dia de greve, devido ao que consideram ser um "sistema remuneratório inconstitucional", que não respeita "o princípio de "trabalho igual salário igual"", nas palavras do Sindicato Nacional dos Registos (SNR). Durante o mês de agosto, todas as segundas e sextas-feiras serão dias de greve.
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Apesar das conversações com o Ministério da Justiça, que anunciou estar a "promover o contacto com os trabalhadores no terreno", o dirigente sindical Rui Rodrigues entende que ainda não é suficiente. "Não corresponde minimamente às nossas exigências. Por isso, mantivemos as negociações até ao último passo e ainda estamos em conversações".
Em causa está o sistema remuneratório dos trabalhadores do IRN que, nas palavras de Rui Rodrigues, é "assimétrico" desde 2000. "Não houve cuidado em corrigir as desigualdades na transição das velhas carreiras para as novas carreiras", afirma o dirigente sindical.
Rui Rodrigues refere que os trabalhadores do IRN querem ver corrigidas a "não resolução e pagamento da atualização indiciária, a não contabilização/compensação dos pontos acumulados para progressão e a discriminação na promoção/compensação dos "antigos escriturários" a escriturários superiores".
O Ministério da Justiça anunciou, na sexta-feira, que está a receber contributos dos sindicatos, tendo o Conselho Diretivo do IRN apresentado no mesmo dia aos trabalhadores um plano de atividade para melhoria das condições de trabalho. No entanto, não convenceu o sindicato a suspender a greve.