A evolução das irmãs angolanas é muito positiva, que foram operadas no Hospital Dona Estefânia, em Lisboa. Neste monento, o foco é o tratamento ortopédico, para que consigam andar.
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As gémeas siamesas que foram separadas, em julho, no Hospital Dona Estefânia, estão à espera de uma habitação para poderem sair daquela unidades hospitalar em Lisboa. De acordo com o médico responsável pela intervenção cirúrgica, as irmãs estão a evoluir num bom sentido e o foco, neste momento, é o tratamento ortopédico, para que consigam andar.
As duas irmãs angolanas, que nasceram ligadas pela região abaixo do umbigo e pela região pélvica, vieram para Portugal há cerca de dez meses para serem separadas. A operação decorreu no Hospital Dona Estefânia e foi a oitava cirurgia de separação de siameses em Portugal. A primeira aconteceu em 1978 e foram separadas as gémeas Tânia e Magda, que, também, nasceram ligadas pela zona abdominal.
Desde o dia 28 de julho, há cerca de três meses, que as gémeas vivem uma realidade diferente daquela que estavam habituadas. Separadas fisicamente, mas juntas em todo o processo, as meninas “estão a evoluir bem, dentro daquilo que é esperado”, garante, ao JN, Rui Alves, responsável pela cirurgia pediátrica.
As irmãs continuam internadas, mas, do ponto de vista médico, já podem sair. No entanto, aguardam que lhes seja atribuída uma casa, uma vez que têm que permanecer em Portugal para continuar os tratamentos e para serem vigiadas pela equipa médica. “Estamos a aguardar a alta do ponto de vista da assistência social, mas, do ponto de vista médico, as coisas estão bem”, garante o cirurgião.
Uma já se segura em pé
“Felizmente não tivemos nenhuma complicação. Neste momento, o nosso foco é da parte ortopédica”, explica Rui Alves. Como nasceram unidas pela parte abdominal, nunca conseguiram andar. Para poderem ter marcha autónoma, as duas meninas vão ser sujeitas a uma reconstrução ortopédica, sendo que fazem fisioterapia diariamente.
“Uma dela já consegue pôr-se de pé, mas nenhuma tem marcha ainda”, conta o cirurgião. Além da reconstrução ortopédica, terão que realizar uma reconstrução do sistema genito-urinário. Todas as intervenções cirurgicas estão previstas para o próximo ano.