O ministro da Administração Interna admitiu, esta terça-feira, a abertura de novos concursos para a aquisição da plataforma que vai gerir e guardar a informação recolhida pelas "bodycams" dos polícias após terem falhado aqueles que foram lançados.
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"Houve uma orientação muito clara em relação a todos os concursos que venham a decorrer no âmbito destas tecnologias. Concursos abertos, isentos, imparciais, independentes", referiu José Luís Carneiro aos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças, defendendo que "o Estado não pode ficar nas mãos, seja de quem for, em relação a fornecimentos futuros, razão pela qual o concurso tem que salvaguardar esse objetivo".
De acordo com o governante, "o objetivo que se procurou salvaguardar foi uma plataforma comum que garanta que qualquer fornecedor de 'bodycams' pode concorrer para o seu fornecimento em termos futuros". "É nas funções de soberania em que o Estado deve ser forte e deve salvaguardar as funções vitais da autonomia estratégica em relação ao futuro. Se necessário for, anular o procedimento e abrir novos procedimentos até que a tecnologia permita servir estes objetivos. Procuraremos manter esses objetivos até ao fim", sublinhou.
Tal como o JN noticiou, a MEO e a NOS foram excluídas do concurso para aquisição da plataforma que há de armazenar as imagens recolhidas pelas futuras bodycams da GNR e PSP. O júri diz que a MEO não cumpriu os requisitos exigidos, enquanto a NOS não prestou informação técnica fundamental.