Portugal ativou o mecanismo especial de cooperação bilateral com Marrocos em matéria de proteção civil, depois de os três Canadair de combate a incêndios disponíveis no nosso país terem avariado. Segundo o Governo, dois aviões chegarão a Portugal ainda esta segunda-feira.
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"O Reino de Marrocos respondeu prontamente, disponibilizando duas aeronaves do tipo Canadair, que vão chegar a território nacional ainda hoje e passarão a integrar o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR) até ao final desta semana. Estas aeronaves serão operacionalizadas a partir da Base Aérea de Monte Real.
Embora Portugal tenha, inicialmente, procurado uma solução bilateral com o Reino de Espanha, esta não se afigurou possível devido ao agravamento da situação dos incêndios rurais neste país", explica o Ministério da Administração Interna, num comunicado.
Os aviões pesados de combate a incêndios florestais Canadair de que Portugal dispõe estão fora de serviço, disse hoje à Lusa fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). Segundo a mesma fonte, os dois aviões Canadair afetos ao Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR) ficaram inoperacionais, existindo um terceiro para substituir em caso de eventuais avarias, mas que também está fora de serviço.
"As avarias identificadas nas aeronaves requerem uma intervenção técnica, estando prevista a sua reintegração no dispositivo nacional até ao final desta semana", revela ainda o Governo.
Empresa que opera Canadair fala em "situação sem precedentes"
A Avincis, empresa responsável pelos aviões Canadair a operar em Portugal no combate aos incêndios, disse estar a trabalhar para trazer "o mais rapidamente possível" para Portugal duas aeronaves para substituição das que estão inoperacionais.
"Esta é uma situação sem precedentes e estamos a dar o nosso melhor para trazer duas aeronaves de substituição o mais rapidamente possível para Portugal, provenientes de uma das nossas outras bases na Europa. A nossa prioridade é a segurança da população e das comunidades locais na luta contra os incêndios que têm afetado o país nas últimas semanas", adiantou a Avincis em resposta à Lusa.
A empresa não avançou, no entanto, datas concretas para a chegada das aeronaves a Portugal e não esclareceu desde quando nem quais as razões para os aviões pesados de combate a incêndios florestais estarem inoperacionais.