O Ministério da Saúde prevê "até ao final deste ano" liquidar os pagamentos em atraso aos fornecedores do Serviço Nacional de Saúde (SNS), onde se incluem as corporações de bombeiros. Na edição de quinta-feira do JN, a Liga de Bombeiros Portugueses estimava haver uma dívida entre "20 e 25 milhões de euros" na área da saúde.
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A situação é mais grave no distrito de Castelo Branco, mas também em Évora, onde os montantes elevados em falta poderão colocar em risco postos de trabalho.
Em resposta ao JN, a tutela diz saber dos "constrangimentos que os atrasos nos pagamentos provocam aos fornecedores" do SNS e está, por isso, a mudar e a "consolidar" os mecanismos de faturação. O Governo explica que o pagamento do transporte não urgente de doentes "requer uma correta validação dos dados remetidos pelas entidades".
O ministério acrescenta estar a "trabalhar com as instituições envolvidas para uma célere regularização dos montantes em dívida".
Injeção na saúde
"Além dos mecanismos habituais de pagamento, este ano existirá ainda um processo de pagamento extraordinário de dívida", revela a tutela, o que poderá indicar a preparação de uma injeção adicional de capital na saúde. Em 2023, as transferências para o SNS vão chegar aos 12,2 mil milhões de euros, um acréscimo de 10,5% relativamente ao ano anterior, adiantam.
O presidente do PSD disse esta sexta-feira, à saída de uma audiência com o presidente da República, que as dívidas aos bombeiros são uma "imoralidade". Os deputados sociais-democratas entregaram, também esta sexta-feira, um requerimento a questionar o Ministério da Saúde.