A dívida de milhares de euros pelo transporte não urgente de doentes ainda não foi totalmente paga aos Bombeiros Voluntários da Sertã e de Proença-a-Nova. Na edição de 22 de dezembro, o JN noticiou que a situação era particularmente grave no distrito de Castelo Branco, mas também em Évora.
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João Carlos Almeida, presidente dos Bombeiros Voluntários da Sertã, afirma que, até ao momento, foram liquidados "cerca de 87 mil euros" pela Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco, a entidade que mais deve àquela associação humanitária. "Ficaram 220 mil euros em dívida". O Ministério da Saúde adiantou a 23 de dezembro que previa pagar a dívida às corporações até ao fim de 2022.
Sem dinheiro para frota
"Continuamos com o mesmo problema", diz o responsável. Como consequência do atraso dos pagamentos pelo Estado, o presidente dos Bombeiros Voluntários de Sertã refere não ser possível "investir e renovar a frota de veículos" da corporação. Os salários são "pagos", mas contam com o "apoio dos fornecedores" para prorrogar o acerto das próprias despesas.
Também nos Bombeiros Voluntários de Proença-a-Nova, a situação foi "amenizada", mas não está totalmente resolvida.
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses disse, na altura, que o setor da Saúde devia entre "20 a 25 milhões de euros" às corporações de todo o país. O JN questionou o Ministério da Saúde sobre se o pagamento da dívida do transporte não urgente de doentes iria ser feito de forma gradual, mas não obteve resposta. Também a ULS de Castelo Branco não emitiu qualquer esclarecimento.