O Governo vai ajudar as autarquias nos trabalhos de estabilização de emergência nos territórios mais afetados pelos incêndios de setembro.
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Rui Ladeira, Secretário de Estado das Florestas, anunciou esta segunda-feira que, já a partir do próximo mês, as câmaras municipais vão poder candidatar-se a apoios para esses trabalhos que são essenciais para minimizarem os riscos de enxurradas e derrocadas durante o inverno nas áreas ardidas no último verão.
Os relatórios elaborados pelos técnicos do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) deverão estar concluídos até final deste mês e a ideia deixada pelo governante é que “devido à dimensão e à tipologia dos investimentos necessários, estes trabalhos podem ser financiados a 100%, disse.
Rui Ladeira avançou com esta informação à margem de uma visita promovida hoje pelo ICNF e que levou o Secretário de Estado a visitar as zonas fustigadas pelos incêndios nos concelhos de São Pedro do Sul e Nelas, no distrito de Viseu, e Cabeceiras de Basto, no distrito de Braga. “Temos uma linha no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural, a ser aberta de imediato com estes relatórios, que são a base técnica para poder candidatar às várias tipologias de investimento, para garantir esta estabilização de emergência de uma forma final”, assegurou.
Além da sustentabilidade das terras, este financiamento servirá igualmente para assegurar a preservação de espécies selvagens que estão disseminadas pelas serras e que não foram “impactadas pelos incêndios” e que passará pela colocação de alimentadores, bebedouros e sementeiras, trabalhos que estão já no terreno.
Este trabalho, “que nunca foi feito”, nas palavras de Rui Ladeira, servirão para evitar o “impacto negativo que se sentiu após os incêndios de 2017”. Durante esta visita, o governante afiançou que está a ser elaborado “um plano de intervenção a 90 dias” para que o país tenha “uma estratégia independentemente do governo que esteja a cada momento”.