Governo recusa aumentar subsídio de risco dos polícias para além dos 100 euros
O Governo recusou aumentar o subsídio de risco das forças de segurança, além dos atuais 100 euros. "Isto é uma evolução que tem que ser feita de forma gradual e sustentada", justifica a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar.
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O Governo recusou, esta terça-feira, viabilizar a proposta do Chega para que o Orçamento do Estado para 2023 atualize o subsídio de risco das forças de segurança para o valor de 450 euros.
"Infelizmente, perdeu-se o respeito pelas forças de segurança. Andamos mais preocupados com a dignidade dos criminosos", acusou o líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, durante o debate na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).
Lembrando que, "em média, há seis policias a serem agredidos por dia", Pedro Pinto exortou ao PS a ter "coragem" para que viabilizasse a proposta do Chega com vista ao aumento do subsídio de risco para 450 euros. "Não sei o que é preciso, só se for matar um ou dois policias por dia", atirou o líder parlamentar do Chega, acusando o Governo "de não trabalhar pelas forças de segurança". "Até as taxas moderadoras têm que pagar", vincou.
"O subsídio de risco foi aumentado de 33 euros para 100 euros. Esta é uma evolução que tem que ser feita de forma gradual e sustentada", respondeu a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, apontando que a medida tem um impacto superior a 50 milhões de euros.
"Esta matéria não se trata com narrativas populistas ou soundbytes. Trata-se de um trabalho sério", concluiu a governante.
A proposta de alteração para reforço do subsídio de risco recebeu apenas os votos favoráveis do Chega e do PAN. Recebeu os votos contra do PS e a abstenção das restantes bancadas, acabando rejeitada.