A adesão à greve dos médicos internos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que começou esta quarta-feira e que tem duração de 48 horas, ronda os 86% em todo o país. Os serviços de consultas externas, internamentos e as cirurgias são os mais afetados até ao momento.
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As primeiras horas da greve dos médicos internos, promovida pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM), já contam com uma "adesão geral entre os 83% e os 86%", afirmou Mónica Paes Mamede, presidente da Comissão de Médicos Internos do sindicato.
Até ao momento, as consultas externas nos cuidados de saúde primários e nos hospitais, os internamentos e as cirurgias são os serviços mais afetados. Segundo explicou Mónica Paes Mamede, a greve tem grande impacto no serviço de internamento, uma vez que são os médicos internos quem faz grande parte do trabalho. Estando este serviço afetado, acabará, indiretamente, por afetar e condicionar o serviço de urgência.
Mesmo ainda não existindo números concretos, a presidente da Comissão de Médicos Internos do SIM adiantou que "algumas salas de blocos operatórios não funcionaram".
Esta é a primeira paralisação dos médicos internos e tem duração de 48 horas, terminando no final do dia de quinta-feira. Os internos reivindicam por uma revisão da grelha salarial, pelo internato médico como o primeiro patamar da Carreira Médica e pelo pagamento de formações complementares.
Esta greve coincide ainda com a greve às horas extraordinárias dos médicos de família, que decorre até 22 de setembro.