Greve na Função Pública. "É bastante chato. Perdi um dia de trabalho para vir aqui"
Dezenas de pessoas que, esta sexta-feira de manhã, esperavam à porta do Instituto dos Registos e do Notariado, no Campus de Justiça, em Lisboa, para serem atendidas foram surpreendidas pela greve de vários funcionários.
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Os atendimentos relacionados com pedidos de nacionalidade, automóveis e empresas não foram realizados durante a manhã, "uma situação que poderá alterar à tarde, pois o outro turno poderá vir, mas não é certo", explicou uma funcionária ao JN.
Carlos Nunes tirou o dia para passar um carro para o seu nome, mas teve de voltar para trás. "É bastante chato. Perdi um dia de trabalho para vir aqui resolver isto", reclamou. Alfredo Gonçalves já vinha pela segunda vez tratar da nacionalidade do filho, angolano, e também não foi desta que conseguiu. "Já tive cá há dois dias, mas só havia vinte senhas e já não havia senha para mim. Isto afeta-nos muito, são mais custos em deslocações", lamentou Alfredo, que veio de Odivelas.
Para Alberto Varela foi pior. Sentado com uma manta, desde as 6.00 horas na fila, para ser o primeiro a ser atendido, veio de propósito do Barreiro. "Vinha tratar do livrete do carro e infelizmente vou ter de voltar. Não sabia da greve", partilhou desolado.
Inahia Silva, brasileira, deslocou-se da Parede, Cascais, para fazer pedido de nacionalidade portuguesa. "É chato, mas faz parte da vida. Terei de voltar noutro dia", conformou-se.
No Campus da Justiça, esta manhã, a greve não se faz sentir, estando os tribunais a funcionar com normalidade.