Grupo Vita só acaba quando Igreja der confiança às vítimas de abusos sexuais
O Grupo Vita apresenta esta terça-feira o seu primeiro relatório com o balanço do trabalho realizado durante os seis meses em que está em funções e atualiza os dados das denúncias recebidas. Até agora, enviou pelo menos 41 casos suspeitos às Comissões Diocesanas (14 dos quais também para o Ministério Público).
Corpo do artigo
O número já é “superior”, confirmou ao JN a coordenadora, Rute Agulhas. A estrutura só cessará funções “quando as vítimas sentirem confiança” nas Comissões Diocesanas.
O grupo Vita, criado pela Igreja, planeia concluir o trabalho em três anos, mas não tem data para acabar. “Só pode extinguir-se quando a Igreja tiver estruturas que façam este acolhimento. A confiança que as vítimas têm na Igreja é baixa e, por isso, considerou-se que devia haver um grupo extra Igreja, mas só pode desaparecer quando essa confiança existir e as vítimas forem a essas estruturas pedir ajuda”, esclarece a psicóloga, acrescentando que estas estruturas “precisam de ser mais capacitadas”.