Procedimentos estão a ser agilizados para libertar camas dos hospitais. No distrito do Porto já foram retirados 60 doentes que tinham alta clínica, mas aguardavam vaga em lar ou numa unidade de cuidados continuados e nos próximos dias serão mais 40. No distrito de Lisboa, foram 40 até ao momento, garante o Instituto da Segurança Social.
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A ocupação de camas hospitalares com "casos sociais" é um problema antigo. Há pessoas que ficam internadas durante anos à espera de respostas sociais ou da rede de cuidados continuados. Ocupam vagas que poderiam ser para outros doentes e custam milhões ao Serviço Nacional de Saúde.
Face às necessidades impostas pela pandemia, foi necessário adotar "medidas extraordinárias", nomeadamente na "efetivação das altas hospitalares, decorrentes do Plano de Contingência Covid-19", explica fonte oficial do Instituto da Segurança Social (ISS).
Para isso foi criada uma equipa nacional liderada pela coordenação da rede de cuidados continuados, com elementos da Saúde e da Segurança Social (Instituto da Segurança Social e Santa Casa da Misericórdia de Lisboa), para trabalhar em articulação com o setor social.
Esta equipa "definiu circuitos e agilizou procedimentos que permitiram priorizar a resposta" aos chamados casos sociais - utentes hospitalizados, cuja alta carece de integração na rede de cuidados continuados ou de resposta social, nomeadamente uma vaga em lares ou Serviço de Apoio Domiciliário.
"Ao abrigo do plano de contingência COVID-19 estão identificados em todo o país cerca de 350 casos sociais", refere o ISS.
A mesma fonte acrescenta que no distrito do Porto foram retiradas cerca de 60 pessoas dos hospitais e nos próximos dias serão retiradas aproximadamente mais 40 pessoas.
"No distrito de Lisboa foram retiradas até ao momento cerca de 40 pessoas. Estas pessoas estão a ser integradas em IPSS e na rede lucrativa", adiantou o ISS.