Há cada vez mais médicos em dedicação plena, mas SNS não se livra dos tarefeiros
Ao contrário do esperado, no primeiro ano de vigência, o regime de dedicação plena dos médicos não reduziu a dependência do SNS dos prestadores de serviço. Os custos com "tarefeiros" bateram novo recorde em 2024. Já a despesa com horas extra baixou ligeiramente.
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Numa resposta enviada ao JN, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) reconhece que "o SNS registou, durante o último ano, um aumento da necessidade de recursos a horas extra e contratação de prestações de serviço", considerando que tal é "um reflexo direto dos desafios enfrentados pelo sistema de saúde".
Apesar de ainda provisórios, os dados relativos a 2024 já indicam que o SNS bateu recordes na despesa com prestadores de serviços, vulgarmente designados como tarefeiros. No ano passado, gastou quase 231 milhões de euros com prestadores de serviços (médicos, enfermeiros e outros), um montante que supera os custos de 2023 em cerca de 25 milhões de euros.