Há mais mulheres a liderar câmaras, mas a política ainda é um "mundo de homens"

"Há mulheres de grande valor e temos de incentivá-las a avançar, mas as estruturas partidárias têm de mudar a mentalidade", disse Ana Abrunhosa, presidente da Câmara de Coimbra
Foto: Paulo Novais/Lusa
Eleitores deram a presidência de 48 municípios a candidatas, mas as autarcas ainda não chegam sequer a 16% do universo total das 308 autarquias. Conciliação com a vida familiar é um obstáculo.
Desde o 25 de Abril que não há tantas mulheres eleitas para liderar o destino das câmaras. No último domingo, os eleitores escolheram 48. Um aumento face aos atos eleitorais anteriores (foram 29 em 2021 e 32 em 2017, por exemplo), mas, ainda assim, não chegam sequer aos 16% (15,58%) no universo dos 308 municípios. Apesar das quotas na Lei da Paridade, ainda há caminho a fazer para derrubar barreiras na mentalidade e práticas de trabalho, que dificultam a conciliação com a vida familiar. E para que o equilíbrio surja, também, na distribuição de pastas e de poder nos executivos.
