A Ação Nacional Descentralizada, organizada pela Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI), irá decorrer na sexta-feira, em 12 distritos do país. O objetivo é fazerem-se ouvir para que seja reposto o poder de compra dos idosos.
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A MURPI, com o propósito de defender a igualdade de direitos dos pensionistas, reformados e idosos, organizou uma ação em diversos distritos do país para que estes se façam ouvir. "Quando vimos o custo de vida aumentar, percebemos que os mais pobres iriam ficar mais pobres, os mais ricos iriam ficar mais ricos e que iria haver uma maior desigualdade", afirmou Isabel Gomes, presidente da MURPI.
No mês passado, a MURPI fez chegar à Assembleia da República um documento em que chamava a atenção para o facto da meia pensão paga pelo Governo, em outubro, não repor o poder de compra perdido em 2022, e que os aumentos das reformas eram insuficientes comparados à subida dos preços de bens e serviços essenciais. No entanto, nunca tiveram resposta: "Continuamos sem ser ouvidos e como sentimos que ninguém nos estava a ligar nenhum, decidimos fazer alguma coisa", acrescenta a presidente.
O objetivo desta ação é que "seja reposto o poder de compra e que haja um travão na subida do custo de vida porque já há muitos idosos a passar fome", sublinha.
A MURPI propõe ainda que seja criado um cabaz de produtos e serviços essenciais para colmatar a falta do poder de compra, e a presidente acrescenta que "as empresas que têm grandes lucros deviam ser solidárias dando algum a quem está pior". Admitindo que não consegue compreender "como é que algum do Governo acha que meia pensão chega" porque "na verdade não vai resolver nada".
A MURPI sublinha ainda que não é aceitável que o Governo tenha alterado os critérios de atualização da Lei 53-B/2006 em que os aumentos previstos para 2023, entre 7% e 8%, tenham sido reduzidos para 3,53% e 4,43%, e que acabará por penalizar os valores das pensões em 2024.