O novo documento orientador para a formação de futuros padres, cuja versão preliminar foi aprovada na Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa CEP) que terminou hoje em Fátima, aponta para uma maior participação de leigos no processo formativo. É ainda proposto que os candidatos ao sacerdócio tenham acompanhamento psicológico.
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Segundo Virgílio Antunes, vice-presidente da CEP, pretende-se uma formação "muito mais aberta, numa relação muito direta com as comunidades", e não apenas "num ambiente fechado" dos seminários. Em Em declarações aos jornalistas no final da reunião plenária do episcopado, o também bispo de Coimbra, defendeu que é preciso "uma presença muito maior de leigos, incluindo mulheres", no processo formativo dos sacerdotes, não só nas Faculdades de Teologia, onde tal "já acontece", mas também nos seminários.
De acordo com D. Virgílio Antunes, o novo documento "tem em conta" o momento que a Igreja está a viver, com a questão dos abusos sexuais, bem como as novas exigências do sacerdócio. "A forma como os padres do futuro se vão inserir na comunidade será muito diferente", assinalou o bispo, adiantando que o documento propõe que, a par da componente espiritual, haja um acompanhamento psicológico dos candidatos a sacerdotes.
A comissão responsável pela elaboração da nova Ratio Nationalis Institutions Sacerdotalis, o documento que define os critérios de admissão nos seminários e a formação dos futuros padres, vai agora incorporar os contributos saídos da Assembleia Plenária da CEP prevendo-se que a versão final seja aprovada na próxima reunião do episcopado.