Associações aprovaram protesto para 25 de outubro, em frente ao Parlamento. Esperam mobilização de todo o país.
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Mais de 50 associações de imigrantes decidiram avançar com uma petição pela reposição da manifestação de interesse e agendaram uma ação de luta para o próximo dia 25 de outubro, em frente à Assembleia da República, onde esperam a participação de pessoas vindas de todo o país. O objetivo é reverter a lei e agilizar a entrada e permanência de estrangeiros que pretendam trabalhar em Portugal.
Esta é a resposta do coletivo com mais de 57 entidades representativas dos imigrantes perante as filas à porta da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) e do número de processos pendentes para a regularização de estrangeiros. A petição deverá ficar disponível ainda esta semana.
“A manifestação de interesse é a fórmula mais prática e transparente de os trabalhadores estrangeiros conseguirem o seu título de residência e, por outro lado, de as empresas terem facilidade de contratar pessoas”, justifica Flora Silva, da Associação Olho Vivo. Ao JN, a dirigente adiantou que a ação de luta no próximo dia 25 de outubro servirá também para entregar a petição na Assembleia da República.
Falta de trabalhadores
Flora Silva realçou que a reposição da lei é ainda mais necessária numa “altura em que Portugal precisa de mão de obra em muitos setores”.
“Para que os imigrantes trabalhem com dignidade têm que ter um título de residência e para isso é necessária uma forma rápida de obtê-lo”, acrescenta.
Recorde-se que o Plano de Ação para as Migrações, aprovado em junho, revogou os pedidos de autorização assentes na manifestação de interesse que permitia a estada em Portugal de todos os cidadãos estrangeiros, mesmo que tivessem entrado de forma irregular.
Na reunião foi também aprovada uma moção de solidariedade com os trabalhadores da AIMA que estão em greve nas horas extraordinárias pela reposição de salários e direitos (ver ao lado). O coletivo de associações agendou ainda uma nova reunião para o dia 15 de setembro para tomar novas medidas caso sejam necessárias.