O PSD criticou, este sábado, o pagamento pela TAP de uma indemnização de 500 mil euros à secretária de Estado do Tesouro pela cessação antecipada do cargo de administradora executiva. Já Marcelo Rebelo de Sousa recusou comentar o caso "concreto".
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Contactado pela Lusa, o vice-presidente social-democrata Paulo Rios considerou que "nem no Natal os presentes do ministro Pedro Nuno Santos são bons".
Já Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República, afirmou aos jornalistas que não leu a notícia e recusou comentar o caso "concreto". "Verei se faz sentido ou não comentar o caso em abstrato", apontou.
O Correio da Manhã noticia na edição deste sábado que a nova secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, recebeu uma indemnização no valor de 500 mil euros por sair antecipadamente do cargo de administradora executiva da companhia aérea portuguesa, quando ainda tinha de cumprir funções durante dois anos.
"A juntar a um conjunto de atos menos percetíveis, menos percebidos, mais precipitados, dizer mesmo irresponsáveis, temos agora na TAP, sempre a TAP, a notícia de um administra que permitiu-se sair e sair indemnizado", completou o deputado do PSD.
Para Paulo Rios, "este meio milhão de euros não é do ministro", "é dos portugueses". Já a TAP "é sempre fruto de más notícias e é assustadora a forma repetida como se precipita decisões".
Alexandra Reis tomou posse como secretária de Estado do Tesouro na última remodelação do Governo. Ingressou na TAP em setembro de 2017 e três anos depois foi nomeada administradora da companhia aérea.
A agora governante renunciou ao cargo em fevereiro e em junho foi nomeada pelo Governo para a presidência da Navegação Aérea de Portugal (NAV).