As contas sobre o impacto da atualização das pensões na sustentabilidade da Segurança Social teve "por base receitas e despesas" do Orçamento de Estado, diz Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
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A governante garantiu que o modelo utilizado para o cálculo incluiu os "indicadores e pressupostos" do Orçamento de Estado de 2022, acrescentando que o Governo vai acompanhar a evolução da situação.
A Oposição e alguns economistas acusam o Governo de ignorarem a evolução da receita nos cálculos apresentados no Parlamento quanto ao impacto que a atualização das pensões teria na sustentabilidade da Segurança Social. À margem de um encontro com 70 empresários organizado pela Associação Empresarial do Minho, para debater questões relacionadas com a Agenda do Trabalho Digno, Ana Mendes Godinho sublinhou que as previsões foram feitas com base em modelos "sempre utilizados e replicados", tendo por base indicadores do Orçamento de Estado quanto à receita e à despesa.
"Já explicamos que queremos garantir no imediato a manutenção do poder de compra dos pensionistas e procurando que tenham mais meia pensão para terem liquidez", notou a ministra, acrescentando que o Governo teve a preocupação de garantir "poder de compra" e "confiança" aos pensionistas "mas também garantir que avaliamos em função da inflação e da guerra, uma vez que ninguém consegue antever o que vai acontecer".
"O sistema de Segurança Social demonstrou que com medidas como o combate ao trabalho não declarado foi possível reforçar e dar a garantia de longevidade", notou a ministra.