A Associação Portuguesa dos Industriais de Pirotecnia e Explosivos (APIPE) criticou, em comunicado, as sucessivas proibições de espetáculos de fogo de artifício decretadas para evitar incêndios. Dizem que a indústria está em colapso e que a relação entre fogo de artifício e incêndios florestais é "inexistente".
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A APIPE ainda está à espera do aval para se reunir com o Ministério da Administração Interna, mas em comunicado adianta que a indústria da pirotecnia tem sido alvo de "ostracismo, esquecimento e abandono dos poderes políticos". A última proibição, que vigorou até à passada terça-feira, levou "à total paralisação deste setor", numa altura em que a profusão de romarias "correspondia a uma das épocas de maior atividade".
À beira de fechar
O setor encontra-se "em colapso" e "na iminência de encerrar a sua atividade", alega a APIPE, lembrando que estão em causa 14 mil profissionais credenciados que "têm os seus ordenados e rendimentos em risco".
A APIPE cita um estudo de 2019, feito por universidades e associações nacionais, para assegurar que a relação entre esta atividade e os fogos florestais "é inexistente", pelo que a proibição é "desproporcionada e insensata". Chega até a impedir espetáculos "fora dos espaços rurais ou florestais, em ambiente urbano ou mesmo sobre superfícies de água, ou até em pavilhões e estádios desportivos", referem, ao mesmo tempo que pedem apoios para suprirem os prejuízos.