Uma semana após o incêndio que consumiu 3000 hectares no concelho, contabilizam-se os prejuízos. Moradores dividem-se entre desistir e resistir à tragédia
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A 15 de agosto, em Covas, um lugar da freguesia de Serpins, Lousã, Sandra Rasteiro acordou com um aviso: fechar janelas e molhar o terreno. "O fumo ainda estava a duas serras", mas, de repente, tudo mudou. "Eram chamas por todo o lado, eu a tentar salvar as galinhas, a pô-las dentro da despensa. Foi horrível. Não conseguíamos abrir sequer os olhos", descreve, lembrando o céu ora amarelo torrado, ora preto, ora branco.
"A nossa sorte também foram os bombeiros", assume. Retidos na zona, salvaram a casa dos vizinhos ingleses.