Formação nas escolas de condução foi recomendada em 2018, mas nunca saiu do papel. Estabelecimentos com menos afluência e pessoas também devem disponibilizar aparelhos.
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A recomendação é antiga e vai ser novamente colocada em cima da mesa. O INEM vai sugerir ao Governo a formação obrigatória do uso de desfibrilhados automáticos externos (DAE) para quem vai tirar a carta de condução. O Instituto de Emergência Médica vai propor ainda o alargamento da rede de desfibrilhadores a mais espaços públicos, numa altura em que existem 7400 aparelhos a funcionar em todo o país. Já o setor antecipa o aumento do preço da carta de condução e, por isso, sugere apenas a introdução da matéria sobre suporte básico de vida nos exames de condução.
A sugestão da formação no uso de desfibrilhadores para os novos condutores estava plasmada, em 2018, no relatório final do grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde para estudar a requalificação do Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa. Ao JN, o INEM observa que a “proposta de alteração à legislação existente foi entregue ao anterior Governo a 31 de março de 2021, mas não chegou a ser publicada”. Nesse sentido, o instituto liderado por Sérgio Janeiro assegura que vai fazer “a mesma recomendação ao atual Executivo”, nomeadamente com o objetivo de a medida integrar o regulamento da habilitação legal para conduzir.